Foi retomada na tarde desta quinta-feira a discussão do Plano Diretor Estratégico (PDE) na Câmara de Municipal de São Paulo. Do lado de fora, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) continuam acampados em frente ao prédio, no centro da capital.
Os manifestanes pressionam os vereadores a definiresm as áreas que já são ocupadas por sem-teto na cidade, como Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), destinadas a moradias populares. Eles chegaram ao local na terça-feira, 24 de junho, e dizem que irão permanecer até a votação da lei, prevista para esta sexta. O PDE define o planejamento urbano da cidade para os próximos 16 anos.
De acordo com o movimento, a única área ainda não prevista no plano é a ocupação Copa do Povo, em Itaquera. Quase 3 mil famílias estão no terreno, que fica a quatro quilômetros da Arena Corinthians, desde o início de maio.
A assessoria do vereador Police Neto (PSD), que vem sendo apontado pelo MTST como responsável pela obstrução da pauta, informou que há uma proposta para garantir moradias nessa área sem impedir a votação do plano. Segundo o gabinete do vereador, a tentativa de consenso é colocar a área da zona leste em outro projeto de lei de 2010, que propõe a desapropriação de áreas abandonadas da cidade. O substitutivo, incluindo a Copa do Povo, deve ser apresentado hoje.
A assessoria do vereador Nabil Bonduki (PT), relator do PDE, confirma que está sendo avaliada a proposta de Police Neto, mas ainda não há uma definição das tratativas com representantes do movimento dos sem-teto. A Agência Brasil tentou contato com representantes do MTST, mas não obteve retorno.