Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram nesta segunda-feira maioria para arquivar um pedido de investigação para verificar se houve crime em razão de depósitos de cheques feitos na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro por Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho primogênito do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), na época em que ele era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
O caso chegou ao STF após o pedido de um advogado, mas o procurador-geral da República, Augusto Aras, votou para rejeitar abrir investigação.
Até o momento, prevaleceu o voto do relator, o decano Marco Aurélio Mello, contrário a uma apuração do caso. Seguiram-no os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
Queiroz, que chegou a ser preso por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, depositou 72 mil reais em cheques na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2018 --período em que é suspeito de operar o chamado esquema da rachadinha.
Além dos valores depositados por Queiroz, a mulher do ex-assessor parlamentar também fez repasses, no valor total de 17 mil reais, à Michelle Bolsonaro, em 2011.
Bolsonaro já reconheceu que os cheques depositados por Queiroz na conta da primeira-dama eram para ele próprio, afirmando serem pagamento de um empréstimo que teria feito a Queiroz.