STF deve adiar julgamento de 'escola sem partido' de Alagoas

A lei pretende criar no Estado um sistema educacional de "neutralidade política, ideológica e religiosa"

23 nov 2018 - 03h11
(atualizado às 08h38)

BRASÍLIA - Em meio à controvérsia no Congresso Nacional com a discussão sobre o projeto da Escola sem Partido, o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve julgar na próxima quarta-feira, 28, uma ação contra uma lei de Alagoas conhecida como a "lei da escola livre", segundo o Broadcast Político apurou. O caso está na pauta da sessão plenária da próxima quarta-feira.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já sinalizou repetidas vezes que quer fugir de temas polêmicos no início de sua gestão 
O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já sinalizou repetidas vezes que quer fugir de temas polêmicos no início de sua gestão
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

A lei, contestada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), pretende criar em Alagoas um sistema educacional de "neutralidade política, ideológica e religiosa". A CNTE alega que a legislação pode comprometer a educação, violando o pluralismo de ideias e a competência da União para legislar sobre o tema, além de restringir "de forma desproporcional a liberdade de ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber".

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O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já sinalizou repetidas vezes que quer fugir de temas polêmicos no início de sua gestão. Definida por Toffoli, a pauta das sessões plenárias do STF para os últimos meses do ano foi divulgada no final de setembro, antes da realização do primeiro turno das eleições. O projeto da "Escola sem Partido" é uma das principais bandeiras do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

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