Autoridades encontraram ao menos oito bombas caseiras com Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo atentado na Esplanada dos Ministérios no início da noite de quarta-feira, 13, que morreu após as explosões das bombas. A escalada da violência contra as instituições democráticas no Brasil vem crescendo. Segundo o Sumpremo Tibunal Federal (STF), desde os atos golpistas de 8 de janeiro, o Supremo já recebeu mais de mil ameaças.
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Explosivos encontrados
Segundo informações do Valor Econômico, junto ao corpo de Francisco Wanderley Luiz foram encontrados 4 explosivos, presos com uma fita adesiva. Outros três artefatos foram localizados no interior de um trailer, estacionado nos arredores do prédio do STF. Já o oitavo artefato estava em uma casa alugada por Wanderley em Ceilândia, junto com um farto material explosivo.
Violência contra o STF
A escalada da violência contra as instituições democráticas no Brasil vem crescendo desde os ataques de 8 de janeiro. Desde a data, o órgão já recebeu mais de mil ameaças, apurou o Metrópoles. Os ataques são feitos através de diferentes canais: email, telefone e até por carta física.
As ameaças continuaram mesmo após os ataques feitos por Wanderley, informou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 14,
Uma delas foi recebida ainda nesta quinta-feira e citada por Rodrigues. Segundo informações divulgadas pelo blog da jornalista Daniela Lima, o criminoso cita que há uma luta contra o Supremo, e que não haverá descanso até que a Suprema Corte brasileira seja eliminada. Em anexo, foi enviada uma foto de livros católicos e de uma arma.
"Quero fazer um registro da gravidade dessa situação que nós enfrentamos ontem. Que apontam que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica. Não só a Polícia Federal, mas todo o sistema da Justiça Federal. Entendemos que o episódio de ontem não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações", disse Rodrigues.
Explosões em Brasília
Francisco Wanderley Luiz lançou duas bombas na Praça dos Três Poderes, próxima da estátua da Justiça, em frente ao prédio do Supremo, na noite de quarta-feira, 13. Um terceiro artefato explodiu quando ele deitou no chão, provocando a sua morte.
As explosões aconteceram no início da noite desta quarta-feira. Uma em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Após as explosões, a Praça dos Três Poderes e todos os prédios ao redor foram isolados e esvaziados. Equipes especializadas em explosivos estão fazendo uma série de varreduras no intuito de localizar novos artefatos e evitar novas explosões.
O homem que morreu no local da detonação está sendo apontado como o autor do crime. De acordo com informações da Polícia Militar, o carro foi parcialmente destruído pela explosão. O incêndio foi contido por seguranças. Dentro do veículo foram encontrados uma “espécie de bomba”.
“Tem vários explosivos fracionados e amarrados com tijolo em volta, só que não teve ignição total dos explosivos”, explicou o sargento Santos, da PM do DF, ao Estadão.
Em nota, o STF confirmou que "dois fortes estrondos foram ouvidos" ao final da sessão de hoje e que os ministros, servidores e colaboradores foram retirados do prédio.
"Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF", diz o comunicado.