STJ manda investigar vazamento de operação que pegou Witzel

Deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) adiantou que Polícia Federal estava investigando governadores

27 mai 2020 - 10h55
(atualizado às 11h43)

O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), solicitou ao Ministério Público Federal, na manhã desta quarta-feira, 27, a apuração sobre o suposto vazamento de diligências de busca e apreensão realizadas ontem no Rio de Janeiro em ação que tem entre seus investigados o governador do Estado, Wilson Witzel.

 Pronunciamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, realizado no Palácio Laranjeiras
Pronunciamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, realizado no Palácio Laranjeiras
Foto: Wilton Junior / Estadão Conteúdo

Segundo o ministro, caso seja confirmado o vazamento, será necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita, como forma de não prejudicar a integridade das instituições.

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A Operação Placebo, que incluiu busca e apreensão em endereços ligados ao governo fluminense, como o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Witzel, o Palácio da Guanabara, sede do Executivo do Rio, e ainda na casa em que o mandatário do Rio morava antes de assumir o governo, tem origem em investigação que apura desvios de recursos para atender emergência da covid-19 no Estado - e foi comemorada no Palácio do Planalto e vista como um "troco" ao adversário político do presidente.

A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), em entrevista à Rádio Gaúcha, indicou, na segunda-feira, que a PF estava prestes a deflagrar operações para investigar irregularidades cometidas por governadores durante a pandemia. "A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha, para sair, mas não saíam. E a gente deve ter, nos próximos meses, o que a gente vai chamar, talvez, de Covidão ou de não sei qual vai ser o nome que eles vão dar mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal", disse a parlamentar.

Witzel classificou a operação como um ato de perseguição política do presidente Jair Bolsonaro por meio da Polícia Federal.

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