'Sumiço' de Bolsonaro se deve a ferida na perna por erisipela, diz Mourão

General da reserva alega que o presidente está impossibilitado de vestir calças e, por isso, deixou de ir ao Palácio do Planalto

17 nov 2022 - 11h40
(atualizado às 11h41)

A ausência do presidente Jair Bolsonaro (PL) em compromissos públicos e no Palácio do Planalto seria decorrente de uma ferida na perna agravada por erisipela, que o impede de se vestir formalmente para o trabalho, segundo o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos). Isso também explicaria por que o chefe do Executivo não compareceu à COP-27, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas realizada no Egito.

"É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que vai vir para cá (Planalto) de bermuda?", afirmou o general da reserva ao jornal O Globo.

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A erisipela é uma inflamação na pele causada por uma infecção bacteriana. A porta de entrada para o microrganismo pode ser tanto um machucado, uma picada de mosquito ou até mesmo uma frieira no pé. A infecção se dá nas camadas superficiais da pele, principalmente quando a pessoa não higieniza corretamente a ferida, tem imunidade baixa e/ou está inchada. Saiba mais sobre a doença.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi à COP-27 e discursou no evento nesta quarta-feira, 16. Diante da ausência de Bolsonaro, o petista reforçou ataques ao chefe do Executivo e classificou o governo atual como "desastroso em todos os sentidos". Na edição anterior da conferência, a COP-26, ocorrida em 2021, Bolsonaro também não compareceu, mas enviou uma mensagem gravada para ser exibida no evento.

Bolsonaro reduziu o número de compromissos após ser derrotado por Lula, há duas semanas. Como mostrou o Estadão, a agenda do presidente passou a estar mais vazia após o segundo turno, com poucas e esparsas reuniões. O chefe do Executivo chegou a receber ministros e comandantes das Forças Armadas no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, mas "desapareceu" da sede do governo.

O presidente também reduziu as publicações nas redes sociais, onde antes era um usuário assíduo. Desde que perdeu a eleição, foram feitas apenas três postagens em seu perfil no Twitter, plataforma muito usada anteriormente. Bolsonaro também parou de fazer transmissões ao vivo semanais às quintas-feiras.

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