Tabata contrata ex-diretor da PF para serviços de segurança da campanha

Empresa de Rogério Galloro presta serviços como segurança corporativa, cibersegurança, investigação e perícia; procurada, campanha da candidata disse que não vai comentar contratação 'por motivos de segurança'

3 set 2024 - 19h45
(atualizado às 19h57)

A campanha da candidata à Prefeitura de São Paulo e deputada federal Tabata Amaral (PSB) contratou serviço da empresa de consultoria do ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF) Rogério Galloro. A consultoria é especializada em segurança corporativa, cibersegurança, investigação e perícia, governança, relações institucionais e governamentais, entre outros.

Procurada pelo Estadão para comentar a contratação, a equipe de Tabata informou que não comentaria o assunto "por motivos de segurança". O valor do contrato, estabelecido em 19 de agosto, foi de R$ 13,7 mil. A empresa também foi procurada, mas não retornou até a publicação deste texto.

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Tabata Amaral (PSB), candidata a prefeita de SP
Tabata Amaral (PSB), candidata a prefeita de SP
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Galloro foi nomeado para dirigir a PF durante o governo de Michel Temer, e ficou no cargo entre março de 2018 e 1º de janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro (PL) assumiu a Presidência da República. Após deixar o cargo, Galloro foi nomeado assessor especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela ministra Rosa Weber. Em maio de 2020, o delegado da PF foi nomeado para o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.

A contratação da assessoria do ex-diretor ocorreu na mesma semana da mudança de tom da candidata nas redes sociais, quando passou a adotar uma postura e um discurso mais críticos e combativos contra o candidato Pablo Marçal (PRTB). Nos vídeos, Tabata fala sobre supostas ligações do ex-coach com o crime organizado.

No primeiro deles, divulgado dia 22, três dias após o registro de gasto com a consultoria, Tabata faz uma espécie de "cartas marcadas", em que expõe fotos de amigos e aliados políticos do empresário que teriam ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), como Tarcísio Escobar de Almeida e Júlio César Pereira, o Gordão, acusados de trocar carros de luxo por cocaína para a facção criminosa, caso revelado pelo Estadão.

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