O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) utilizou um avião da Polícia Militar de São Paulo para se deslocar ao Rio de Janeiro, onde participou de um ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo, 16.
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Na manifestação, que se concentrou na orla da praia de Copacabana, o governador paulista criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e subiu o tom pela anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.
"A gente está aqui para pedir, lutar e mostrar que todos estamos juntos para exigir anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas (...) Quero ver quem vai ter coragem de se opor (ao projeto da anistia)", afirmou o chefe do Poder Executivo paulista, ao lado de Bolsonaro.
Para a viagem, Tarcísio usou o avião Beech King Air, de prefixo PR-ESP, registrado em nome da Polícia Militar de São Paulo. O avião decolou do aeroporto Campo de Marte às 18h09 de sábado, 15, e pousou no aeroporto de Jacarepaguá às 19h07.
O governador ainda ficou hospedado no mesmo hotel que Bolsonaro e chegou a ser ovacionado no saguão. No domingo, Tarcísio discursou na manifestação, durante a manhã, e embarcou de volta a São Paulo durante a tarde. O avião decolou às 16h25 e pousou na capital paulista às 17h33.
Em nota enviada ao Terra, o Governo de São Paulo justificou o uso da aeronave da PM afirmando que 'a segurança institucional do governador, incluindo todos os seus deslocamentos e os meios pelos quais serão realizados, é de responsabilidade da Casa Militar'.
Segundo o Palácio dos Bandeirantes, todos os deslocamentos do governador 'devem obedecer aos mesmos protocolos de segurança, independentemente de serem atos ligados diretamente ao governo ou não'.
"O planejamento dessas ações é pautado pelos princípios de eficiência e segurança do Chefe do Executivo", disse, ainda, a nota enviada pelo governo estadual.