Tasso quer Abin na CPI após Bolsonaro citar guerra biológica

Presidente insinuou que a China pode ter criado o coronavírus e fala em "guerra bacteriológica"

6 mai 2021 - 11h09
(atualizado às 11h21)

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) anunciou nesta quinta-feira, 6, que pretende convidar representante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para debater o conceito de guerra biológica após declarações na véspera do presidente Jair Bolsonaro, em que insinuou que a China pode ter criado o coronavírus e fala em "guerra bacteriológica".

Senador Tasso Jereissati em comissão no Senado
4/9/2019 REUTERS/Adriano Machado
Senador Tasso Jereissati em comissão no Senado 4/9/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Tasso, que participou da reunião da CPI da Covid desta quarta-feira de maneira remota, anunciou verbalmente que apresentaria um requerimento para a oitiva de representante da Abin.

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O senador considerou as declarações do presidente graves e lembrou que, embora Bolsonaro não tenha explicitamente citado o nome do país, a China é um dos maiores produtores de vacinas contra a Covid.

Em um discurso exaltado e sem citar nominalmente a China, o presidente Jair Bolsonaro insinuou na quarta-feira que o novo coronavírus pode ter sido criado pelo país asiático como parte de uma bacteriológica.

"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em um laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é uma guerra química bacteriológica e radiológica. Será que estamos enfrentando uma nova guerra? Qual país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês", afirmou o presidente.

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