Temer melhorará relação entre poderes, dizem Cunha e Renan

Michel Temer, que é presidente do PMDB, irá comandar a articulação política do governo

8 abr 2015 - 18h23
(atualizado às 19h34)

A ida do vice-presidente Michel Temer para o comando da articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff foi elogiada, nesta quarta-feira, pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

<p>Presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)</p>
Presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

Temer, que também é presidente do PMDB, maior partido da coalizão que apoia Dilma, foi anunciado na terça como novo articulador político do governo no lugar de Pepe Vargas, até então ministro da Secretaria de Relações Institucionais, que foi absorvida pela Vice-Presidência.

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"O Michel, entre outras coisas, pode muito melhorar a qualidade da coalizão. Um dos grandes problemas do Brasil é que a coalizão não tem fundamento programático", disse Renan.

"É fundamental que ela tenha um fundamento. A coalizão é em torno de quê? E o Michel é a melhor pessoa para estabelecer isso", avaliou.

Na mesma linha, Cunha disse acreditar que o vice-presidente melhorará a articulação política do Executivo “porque ele tem muito mais capacidade e poder para isso”.

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Cunha afirmou, no entanto, que a ida do presidente de seu partido para o comando da interlocução do Executivo com o Legislativo não mudará sua postura de independência em relação ao Palácio do Planalto. “Cabe ao governo construir sua maioria para votar as matérias, e a nós cabe colocar as matérias em votação”, disse.

Eduardo Cunha é alvo de protestos em Porto Alegre
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Cunha e Renan criaram embaraços para o governo Dilma desde o início do segundo mandato da petista. Renan chegou a devolver ao Planalto uma medida provisória que revisava a política de desoneração da folha de pagamento, enquanto Cunha presidiu a aprovação de um projeto de lei, que agora está no Senado, que dá ao governo prazo para trocar o indexador da dívida de Estados e municípios com a União.

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