O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que haverá resposta "rigorosa" aos ataques feitos às torres de transmissão no país. Os eventos vêm sendo registrados desde a invasão dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro. A Polícia Federal investiga se há relação entre os dois atos terroristas.
Sem cravar que o vandalismo tenha sido motivado por política, Silveira também relatou que serão implementadas melhorias no sistema de segurança dessas linhas. As ações para evitar novos ataques, bem como para punir os responsáveis dos atos de vandalismo já registrados foram debatidas em reunião entre Silveira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues.
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"Nós criamos um grupo de trabalho desde o primeiro momento, tanto para monitorar as nossas refinarias diante das ameaças em redes sociais, bem como nossas linhas de transmissões. Queremos dar uma resposta vigorosa e rigorosa aos vândalos que tentam atacar esse patrimônio nacional tão importante para o desenvolvimento do país, para geração de emprego e renda", disse Silveira durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 17.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou ao menos sete casos suspeitos de vandalismo em torres de transmissão, conforme relatos das transmissoras, com a queda de quatro delas.
Três torres caíram em Rondônia, sendo duas da Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, nas cidades de Cujubim e Vilhena, e uma do grupo Evoltz, em Rolim de Moura. A queda em Vilhena foi a mais recente, registrada no último sábado,14.
Apesar dos ataques, Silveira afirmou que não houve nenhum problema com o fornecimento de energia e que a situação está sob controle. "Foi seguido o plano de contigência e por isso não teve nenhum dano ao serviço prestado de energia elétrica. Todas as empresas estão em funcionamento e não houve interrupção do sistema. Estamos seguros que é possível combater esses problemas pontuais, para que possamos seguir com outras pautas importantes ao país", destacou.
Segundo o ministro, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal irão atuar, juntamente com as empresas responsáveis pelo fornecimento de energia, para combater possíveis vandalismos. Além disso, ele afirma que será aprimorado e modernizado o sistema de segurança das linhas de transmissão, com a implementação do videomonitoramento e da vigilância por drones.
"Não podemos fazer essa afirmação [de que a motivação foi política]. Podemos dizer que vários eventos convergiram na sua ação. Nós entendemos por bem ser proativos e nos adiantarmos para possíveis problemas mais graves usando todos os instrumentos que o estado possui de vigilância", disse o ministro, que destacou a colaboração da iniciativa privada com implementação de 'tecnologias avançadas'.
O ministro ainda informou que a Polícia Federal já está conduzindo inquéritos sobre os atos de vandalismo e irá dar mais detalhes da investigação em momento oportuno.
"Quem paga todo sistema de transmissão nacional, o nosso sistema elétrico, é o usuário da energia. Portanto, esse é um patrimônio de todos os brasileiros, que vem sendo atacado por alguns desavisados. [Eles] vão pagar por isso, tanto do ponto de vista legal, quanto do ponto de vista do ressarcimento desses danos. E é muito importante a participação de toda a sociedade brasileira para contribuir denunciando vandalismos", ressaltou.
