O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou na manhã deste domingo que substituiu 310 urnas eletrônicas que apresentaram problemas em todo o País. As urnas foram trocadas por outras eletrônicas que fazem parte da reserva de contingência do tribunal e não há registro de votação manual em nenhuma seção. As urnas que apresentaram problemas representam 0,06% do total de 454.493 colocadas em seções eleitorais.
Os Estados com o maior número de substituições foram São Paulo (49), Minas Gerais (46), Sergipe (35), Rio de Janeiro (34) e Rio Grande do Sul (30). Em termos porcentuais, as trocas foram feitas principalmente em Sergipe (0,53%), Amapá (0,36%) e Tocantins (0,20%).
No Rio, o uso de dados biométricos do Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) pegou de surpresa os eleitores do Estado. O pedido de identificação digital nas seções eleitorais mesmo a quem não fez o cadastro biométrico aumentou o tempo de votação e provocou filas em diferentes zonas eleitorais da Capital, segundo relatos ouvidos pelo Estado.
Com o cruzamento de dados, eleitores que não fizeram o cadastramento biométrico do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas estão na base de dados do Detran, foram orientados pelos mesários a fazer a leitura da digital. Além disso, foram proibidos de assinar a lista de votação. O procedimento gera demora, já que a determinação do TRE-RJ é que sejam feitas quatro tentativas de leituras biométricas.
"Obrigação não tem, tem uma recomendação. Por quê? Com esse aproveitamento de dados que nós estamos fazendo com o Detran, que é de forma pioneira até no País, nós tivemos um aproveitamento da base de identificação civil, foi um convênio feito com o próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para que no futuro seja possível até a dispensa do eleitor comparecer na justiça eleitoral para realizar o mesmo cadastramento biométrico", defendeu Adriana Brandão, diretora-geral do TRE-RJ.No Rio de Janeiro, cerca de 4,6 milhões de eleitores terão os dados biométricos do Detran-RJ aproveitados nas urnas eletrônicas. Caso a biometria não funcione, o eleitor tem direito a votar através da identificação manual.
Em Goiânia (GO), o presidente de uma seção em um dos maiores colégios eleitorais da cidade, o colégio Pedro Gomes, no setor Campinas, não apareceu para o trabalho. A ausência provocou um atraso de uma hora na abertura da seção e o presidente poderá responder por crime eleitoral, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás. Não há até o momento outras ocorrências graves no Estado e as eleições correm com tranquilidade, debaixo de muita chuva na capital. O Estado tem 4,5 milhões de eleitores. / Colaboraram Camila Turtelli, Renata Batista e Daniela Amorim