Juiz condena Vaccari, Duque e mais oito réus da Lava Jato

21 set 2015 - 13h50
(atualizado em 25/9/2015 às 11h39)

O juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal, condenou dez pessoas por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Entre elas estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que recebeu pena de 20 anos e oito meses de reclusão. Ambos foram condenados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Ex-diretor da Petrobras Renato Duque na CPI. 19/3/2015
Ex-diretor da Petrobras Renato Duque na CPI. 19/3/2015
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Vaccari, de 56 anos, foi tesoureiro do PT até abril, quando renunciou após ser preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. As autoridades suspeitam que parte do dinheiro obtido pela rede que operou na Petrobras pode ter financiado a campanha de reeleição de Dilma Rousseff.

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Do mesmo modo, a PF pediu autorização do STF para interrogar Lula, porque existem suspeitas de que o ex-mandatário também pode ter se beneficiado da vasta rede de corrupção que operou na companhia petrolífera.

Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em depoimento na CPI da Petrobras. 09/04/2015
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Pelos mesmos crimes, também foram condenados Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (a 16 anos e oito meses de reclusão), Pedro José Barusco Filho, Mario Frederico de Mendonça Goes (ambos condenados a 18 anos e quatro meses); Júlio Gerin de Almeida Camargo (12 anos); Adir Assad, Sônia Mariza Branco e Dario Teixeira Alves Júnior (cada um a nove anos e dez meses de reclusão).

O doleiro Alberto Youssef foi condenado a nove anos e dois meses de reclusão. Na sentença, o juiz Sérgio Moro disse reconhecer a “continuidade delitiva” do acusado na prática dos crimes de lavagem de dinheiro. Essas condenações são decorrentes da ação penal que teve origem na décima fase da Lava Jato.

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