Vaccari nega na CPI ter tratado de finanças do PT com executivos da Petrobras e Youssef

9 abr 2015 - 12h14
(atualizado às 12h14)

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, negou nesta quarta-feira na CPI da Petrobras ter tratado das finanças do partido com executivos da Petrobras envolvidos na operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a estatal.

Vaccari reiterou que todas as doações recebidas pelo PT estão restritamente dentro da legislação vigente e são contabilizadas e declaradas à Justiça eleitoral.

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"Todas as doações que recebemos são escrituradas, são feitas via transações bancárias e informadas ao TSE", afirmou.

O tesoureiro disse que nunca tratou de assunto de doações financeiras com os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, nem com o ex-gerente Pedro Barusco e o doleiro Alberto Youssef, todos investigados por ligação com o esquema de pagamento de propina a partidos e políticos.

Vaccari assumiu ter pedido doações legais a empresários. Segundo ele, não só PT, mas PMDB e PSDB também receberam grandes doações de empresas envolvidas na Lava Jato.

Pouco depois de o tesoureiro entrar no plenário da CPI para prestar depoimento, um homem soltou cerca de cinco ratos pelo plenário, causando tumulto. O homem foi imobilizado e retirado da sala pela Polícia Legislativa.

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Vaccari obteve liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira que o desobriga a depor na condição de testemunha à CPI.

O ministro Teori Zavascki, do STF, acatou a tese da defesa de que Vaccari não poderia depor na condição de testemunha pois já é réu em ação penal na Justiça que trata dos mesmos fatos investigados pela CPI e, portanto, tem preservado o direito de não se autoincriminar.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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