O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que irá descobrir quem são os financiadores dos atos antidemocráticos que ocorrem em Brasília e que pagarão "com força da lei". Como classificou, os atos são antidemocráticos e irresponsáveis.
"Quem fez isso será encontrado e punido. A democracia garante o direito de livre expressão, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições. Não tem precedente na história do país o que fizeram hoje. Por isso devem ser punidos", disse o presidente, em pronunciamento nesta tarde, em Araraquara (SP). "Vamos descobrir quem são os financiadores de quem foi a Brasília hoje, e todos eles pagarão com a força da lei", declarou.
De acordo com Lula, a democracia garante a liberdade de expressão, mas também exige que as instituições sejam respeitadas. "Esses vândalos, que a gente poderia chamar de nazistas fanáticos, stalinistas fanáticos, ou melhor, stalinistas não, fascistas fanáticos, fizeram o que nunca foi feito na história desse País."
O presidente cita que a esquerda já foi torturada e morta, mas "nunca vocês viram alguma notícia de algum partido de esquerda, algum movimento de esquerda, invadir Congresso, a Suprema Corte, o Palácio do Planalto". "Não tem precedente na história do país o que essa gente fez."
Incompetência da segurança do DF
O presidente também afirmou que houve "incompetência, má vontade ou má-fé" dos responsáveis pela segurança pública no Distrito Federal em virtude da invasão e depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília, por grupos radicais que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro. Após os atos, o governador do DF, Ibaneis Rocha, exonerou à tarde o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que era ministro da Justiça de Bolsonaro.
"Vândalos invadiram, quebraram muitas coisas. Quem tem que fazer a segurança do DF é a PMDF, que não fez", disse Lula, em seu primeiro pronunciamento oficial após a invasão da sede dos Três Poderes, em que determinou intervenção federal no DF.
O presidente afirmou que os policiais envolvidos na operação não podem ficar impunes. Segundo mostrou o Estadão, forças de segurança ficaram paradas enquanto os manifestantes radicais invadiam e depredavam os prédios públicos. "Policiais que participaram não podem participar da corporação. É preciso que essas pessoas sejam punidas de forma exemplar."
Sem verba para desastres
Lula afirmou que foi à Araraquara hoje para discutir com o prefeito da cidade, Edinho Silva (PT), o custo da destruição causada pelas chuvas no local.
"Lamentavelmente, o genocida que deixou o poder deixou só R$ 25 mil para cuidar de desastres", disse Lula, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em seu primeiro pronunciamento oficial após a invasão da sede dos Três Poderes, em Brasília, por grupos radicais bolsonaristas.
Segundo o presidente, ele soube já em Araraquara dos atos que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). "Eu vim aqui para Araraquara e comecei a assistir pela televisão os vândalos."