O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta segunda-feira, 19, em Marília, que vai estudar a Lei de Abuso de Autoridade para encaminhar eventuais vetos ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). "Sabemos (de) alguns receios em relação a esse recente projeto aprovado de abuso de autoridade, nós vamos examinar com muita atenção, com muito cuidado, com muito respeito para encaminhar ao presidente eventuais sugestões de veto", disse Moro.
O ex-juiz da Lava Jato, que defendeu a destinação de mais recursos à Justiça e Segurança Pública, para implementar as políticas pretendidas pela pasta, destacou a redução dos crimes de homicídio em nível nacional, no índice de 20%. Ele creditou essa redução a medidas implantadas pelos Estados e municípios, mas também ao governo federal, em menor escala. "Não existiam estatísticas, agora temos e os números comprovam redução de 20% nos crimes de homicídios. Com relação a preservação da vida humana isso é muito significativo", afirmou.
O ministro destacou também que, em relação ao projeto anticrime, há o empenho dos deputados para aprovação do projeto, mas que ele depende do encaminhamento das votações, conforme o rito do parlamento.
Moro chegou em Marília por volta das 16h30, depois de visitar Bauru, onde iniciou a visita à região. Nas duas cidades ele conheceu a central de monitoramento, que funciona em parceria com a Polícia Militar. Após conhecer a estrutura de Marília, com detalhes sobre como trabalham os policiais por meio da função delegada (parceria entre o município e a Polícia Militar), o ministro e comitiva de deputados e senador foram até o auditório da prefeitura.
Após o pronunciamento na prefeitura de Marília, a comitiva formada pelo ministro Moro, prefeito de Marília, Daniel Alonso (PSDB), deputados Capitão Augusto, Cezinha do Madureira e Coronel Tadeu, além do senador Major Olímpio, seguiram para Unimar (Universidade de Marília), onde o ministro Moro apresentou detalhes da Lei Anticrime, na abertura da XXVI Semana Internacional de Direito.