O vice-presidente nacional do PT, deputado Washington Quaquá (RJ), causou polêmica no partido após publicar uma foto sorridente ao lado do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro.
A presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, foi a público criticá-lo e classificou a imagem como "desrespeitosa". Militantes e parlamentares petistas também reprovaram a atitude do correligionário. Quaquá se defende argumentando que a esquerda deve ser "dialógica".
Quaquá e Pazuello se encontraram em uma reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Além de postar uma imagem com todos os presentes na ocasião, o petista também publicou uma foto somente com o ex-ministro. "Resolvi postar a foto nossa mesmo sabendo que intolerantes da esquerda e da direita vão criticar. A tarefa do governo Lula é unir, pacificar e reconstruir o nosso país", escreveu o vice-presidente do PT.
Em seguida, Quaquá publicou a imagem de um burro e afirmou, na legenda, que "de direita ou de esquerda, jumento é jumento". O deputado recebeu diversos comentários sugerindo que ele saia do partido. Em outra postagem, ele escreveu que "esquerdismo (é uma) doença infantil do comunismo".
"Vocês têm que aprender que é preciso tolerância, diálogo. Ser de esquerda é ser inteligente, é não ser burro, é dialogar, é discutir com os contrários", afirmou.
No Twitter, Gleisi Hoffmann escreveu: "Foto do nosso companheiro deputado Quaquá com bolsonarista Pazuello é desrespeitosa com o PT e ofensiva às vítimas da Covid. Na vida e na politica, tudo tem limites."
Esta não é a primeira vez que uma atitude de Quaquá gera crise no partido. Em 2021, o deputado afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff não tem relevância eleitoral. Na ocasião, ele afirmou que seu defeito é "falar pela frente o que todos falam pelos cantos" e que "um pedaço pequeno do PT ainda fica nesse negócio de 'golpe'". Na época, a fala foi reprovada por Gleisi Hoffmann, que exaltou a ex-presidente e disse que a declaração de Quaquá era uma "opinião pessoal".