Vídeo mostra o momento em que Lula é avisado sobre denúncia contra Bolsonaro

Presidente foi avisado da denúncia da PGR enquanto participava de um jantar em homenagem ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza

19 fev 2025 - 10h33
(atualizado às 10h56)
PGR denuncia ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) soube da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR)  contra o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), enquanto participava de um jantar no Palácio do Itamaraty, na noite de terça-feira, 18. 

Imagens flagradas pelo repórter Túlio Amâncio, da Band, mostram o momento em que Lula é avisado pelo ministro da Defesa, José Múcio, no jantar em homenagem ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza. Segundo o ministro, a denúncia contra Bolsonaro (PL) e outros aliados por tentativa de golpe de Estado causou 'constrangimento' às Forças Armadas

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Ao ser informado, Lula pediu a Múcio a lista dos denunciados. "Estávamos todos esperando, mas o bom é que isso acabe. Ninguém aguenta mais. Precisamos virar essa página. [...] “Claro que o que foi feito (tentativa de golpe) causa indignação, mas também constrangimento”, declarou o ministro.

Imagem de arquivo; Lula (PT) e o ministro da Defesa, José Múcio
Imagem de arquivo; Lula (PT) e o ministro da Defesa, José Múcio
Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert/PR

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirma que o ex-presidente "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam". Também alegou ter recebido com "estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República"

Bolsonaro apontado como líder de ação golpista

O ex-presidente Jair Bolsonado (PL) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Ao todo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ofereceu denúncia contra 34 pessoas acusadas de "estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito".

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Os denunciados são acusados dos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

"As peças acusatórias baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens que revelam o esquema de ruptura da ordem democrática. E descrevem, de forma pormenorizada, a trama conspiratória armada e executada contra as instituições democráticas", informa a PGR.

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro ( PL) em coletiva no Senado horas antes de ser denunciado pela PGR.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Ainda segundo a Procuradoria-Geral da República, a organização tinha como líderes o então presidente da República e o seu candidato a vice-presidente. "Aliados a outras pessoas, dentre civis e militares, eles tentaram impedir, de forma coordenada, que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido".

A denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de uma investigação da Polícia Federal (PF) que apontou Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que atuou para abolir o Estado Democrático de Direito.

O objetivo, segundo o relatório, era estabelecer uma "falsa realidade de fraude eleitoral" para que sua derrota não fosse interpretada como um acaso e servir de "fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022".

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A investigação aponta ainda que a o ex-presidente tinha conhecimento de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. (*Com informações de Estadão Conteúdo).

Fonte: Redação Terra
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