Voto impresso não tem apoio para aprovação, admite Bolsonaro

23 jul 2021 - 13h04
(atualizado às 14h14)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu, nesta sexta-feira (23), que o governo não tem apoio no Congresso para aprovar proposta de emenda à Constituição do voto impresso, de autoria da deputada federal Bia KIcis (PSL-DF), na Comissão de Constituição e Justiça. Mesmo assim, afirmou que já conta com os R$ 2 bilhões necessários para financiar a alteração no sistema eleitoral na previsão orçamentária de 2022.

Presidente Jair Bolsonaro antes de cerimônia no Ministério da Defesa em Brasília
22/07/2021 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro antes de cerimônia no Ministério da Defesa em Brasília 22/07/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Bolsonaro reiterou críticas ao presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que teria persuadido parlamentares a se opor ao projeto. "Essa bandeira sempre foi defendida por 90% dos parlamentares. Por que, de uma hora para outra, alguns parlamentares mudaram de opinião? Depois de receber a visita do presidente do TSE e também integrante do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. De modo que se colocar em votação hoje, não passa", disse em entrevista à Rádio Grande FM 92,1, de Dourados (MS).

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O presidente novamente questionou validade de resultados de pesquisas que indicam queda da aprovação do governo e crescimento das intenções de voto de Luiz Inácio Lula da Silva, principal antagonista de Bolsonaro no horizonte eleitoral de 2022. Aproveitou para defender o voto impresso, que, em sua visão, deveria ser apoiado pela esquerda.

"Se, segundo o Datafolha, o Lula tem 49% das intenções de voto no primeiro turno, eu acho que eles deveriam aprovar o voto impresso, auditável e seguro, que é a garantia de que o Lula vai ganhar", completou o mandatário.

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