O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se reuniu neste domingo, 14, com cerca de 15 manifestantes bolsonaristas que furaram o bloqueio na Esplanada dos Ministérios neste domingo e permanecem em um espaço em frente ao Ministério da Agricultura.
Em vídeo publicado no Facebook pela página "Movimento Avança Brasil", Weintraub parece em um círculo de pessoas, a maioria sem o uso máscaras contra a propagação da covid-19. Instado pelos manifestantes, Weintraub evitou comentar sobre decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu sou ministro do Executivo, e não posso aumentar a pressão que já existe. Eu não tenho autorização do presidente (Bolsonaro) para me posicionar contra um ministro (do STF). É o que eu posso dizer. Vamos manter a tranquilidade, seguir as leis, seguir o que manda estritamente a Constituição. A Constituição tem que ser seguida ao pé da letra", afirmou.
Nas gravações feitas pelos manifestantes bolsonaristas, Weintraub também aproveitou para se defender das acusações contra ele feitas em inquérito instaurado pelo próprio STF. "Eu não cometi uma única ação fora da lei até o momento. Se eu tivesse feito alguma coisa, um contrato errado, se eu tivesse qualquer coisa já teriam me pendurado de 'ponta-cabeça' naquela árvore. Não falta mídia me querendo me pegar, fora pessoas com muito poder em Brasília", acrescentou.
O ministro também orientou os manifestantes a não cometerem atos ilegais durante os protestos a favor do governo. "Não pisem fora da linha, façam tudo dentro da lei, que nós vamos ganhar essa batalha", completou.
Weintraub pediu orações aos manifestantes e disse saber que "o outro lado" faria "macumba" contra ele. O ministro da Educação gravou ainda mensagens pedindo seguidores para páginas, entre elas a do autointitulado "Professor Opressor". Ele também listou ações feitas pela pasta, como o aumento de bolsas de estudo em cursos de Medicina.
Neste sábado, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios durante todo o domingo. No texto, Ibaneis cita "ameaças declaradas por alguns dos manifestantes" e destaca necessidade de "contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública". A medida proíbe trânsito de veículos e determina acesso aos prédios apenas por autoridades, da 0h até as 23h59 de domingo.