O WhatsApp divulgou no início da tarde desta quarta-feira, 27, na qual confirma que o lançamento do recurso "Comunidades" não foi adiado para depois das eleições por um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas por decisão própria da empresa, em linha com as declarações do ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Representantes da Meta, dona do WhatsApp, se reuniram nesta quarta com o presidente Jair Bolsonaro e Faria para esclarecer o assunto. Bolsonaro cobrou publicamente a empresa sobre a notícia de que ela teria supostamente acordado com o TSE adiar o lançamento do "Comunidades" para depois das eleições. O recurso vai permitir a criação de grupos com milhares de pessoas dentro do aplicativo.
"A implementação da funcionalidade no Brasil ocorrerá somente após o período eleitoral. É importante ressaltar que a decisão sobre a data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", diz o WhatsApp em nota.
A plataforma esclarece, no entanto, que assinou memorando de entendimento com o TSE sobre outras questões relativas ao processo eleitoral, como a criação de um canal de denúncias para contas suspeitas de disparos massivos e treinamentos. "No entanto, nenhum desses acordos com o WhatsApp faz referência à funcionalidade Comunidades ou ao seu momento de lançamento, pois esse tipo de decisão cabe à empresa", acrescenta a nota.
De acordo com a empresa, o "Comunidades" passará por aprimoramentos antes de ser lançado globalmente - o que não acontecerá, de qualquer forma, antes das eleições. "Continuaremos a avaliar o momento exato para o lançamento da funcionalidade no Brasil e comunicaremos a data quando estiver definida. Reafirmamos que isso só acontecerá após as eleições de outubro", finaliza a nota.