Wilker Leão de Sá, youtuber que se envolveu em uma confusão com Jair Bolsonaro (PL) e seus seguranças nesta quinta-feira, 18, pretendia disputar as eleições em busca de ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Segundo ele mesmo admitiu em vídeos publicados no canal, o objetivo era defender os direitos dos militares, com ênfase nos cabos e soldados.
A primeira vez que o youtuber falou sobre o assunto foi no início de abril deste ano.
"Vou me candidatar nessas eleições agora a deputado federal, acreditando que enquanto eleito vou ter muito mais poder para propor alterações legislativas que vão impactar a realidade de cabo e soldado", diz no vídeo.
Em 1º de abril, o jovem assinou a ficha de filiação ao União Brasil no DF para iniciar a empreitada, mas, segundo o partido, em 10 de agosto Wilker pediu sua desfiliação e foi atendido. As informações foram reveladas pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo.
Dias depois, Wilker Leão fez seu primeiro embate contra o atual presidente. Em um vídeo publicado no Instagram em 6 de abril, o então soldado aparece enfrentando Jair e o questionando sobre as condições enfrentadas por cabos e soldados no Exército.
"O alto comando jamais promoverá as mudanças que são necessárias. Apenas politicamente nós poderemos alcançar o que merecemos", escreveu na legenda, acusando que o presidente, apesar de se apoiar nas causas militares, jamais teria contribuído efetivamente para a classe.
"Tchutchuca do Centrão"
No episódio, em frente ao Palácio da Alvorada, o youtuber chamou Bolsonaro de "vagabundo", "covarde", "canalha" e "tchutchuca do Centrão". Imagens gravadas no local mostram o presidente partindo para cima de Wilker, que cobrava "coragem" para explicar por que o governante se aliou aos partidos que já estiveram junto com o PT e que foram condenados por corrupção.