Zambelli faz jejum e Michelle lembra morto na Papuda: como oposição reagiu a atos do 8 de Janeiro

Filhos de Bolsonaro minimizam tentativa golpista, e parlamentares criticaram "politização" de evento comandado por Lula em Brasília

8 jan 2024 - 20h25
(atualizado às 22h03)

No dia em que se lembrou um ano do ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília, integrantes da oposição ao governo minimizaram a tentativa de golpe e a depredação ocorridas em 8 de Janeiro do ano passado. Em suas redes sociais, a família de Jair Bolsonaro pregou que o ato desta segunda-feira, 8, que lembra da data, tem objetivos políticos, como o de desgastar o ex-presidente da República.

Presidente Lula, presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e presidente do STF, Luís Roberto Barroso mostram exemplar da Constituição Federal que foi vandalizado no ato do 8 de Janeiro de 2023
Presidente Lula, presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e presidente do STF, Luís Roberto Barroso mostram exemplar da Constituição Federal que foi vandalizado no ato do 8 de Janeiro de 2023
Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara / Estadão

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro postou nesta segunda-feira, 8, no recurso de stories de seu perfil do Instagram uma homenagem a Cleriston Pereira da Cunha, homem que foi preso por suspeita de participação na tentativa golpista e morreu de mal súbito em 20 de novembro no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

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Já a deputada federal Carla Zambelli (PL-DF) afirmou que está todo este dia realizando um jejum. "Seguimos em jejum e oração de 24h, desde às 00h00 de hoje, clamando a Jesus pela nossa nação", escreveu a parlamentar na rede social X, antigo Twitter. "Deuteronômio 31:6-8: 'Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o SENHOR, vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará'". Zambelli não revelou qual o motivo do jejum.

O filho mais velho de Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), minimizou os ataques. "'Golpi' sem tiros, sem armas, sem líder, com idosos, crianças e muitas Bíblias!", escreveu ele no X, antigo Twitter.

Também no domingo, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez uma publicação criticando uma manifestação organizada por setores da esquerda neste domingo, 7, em Brasília. Carlos anexou uma reportagem que diz que o ato reuniu poucas pessoas.

No domingo, 7, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) compartilhou uma publicação do deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) questionando a revelação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de que teria sido alvo dos golpistas. Em outra, Eduardo diz que a situação não foi investigada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e nega que houve um plano de golpe. "(Flávio) Dino não deu as imagens, gov. Lula pagou até R$ 60 mi para deputado retirar assinatura da CPMI, nenhum disparo dado, nenhuma arma apreendida. Que golpe é esse?", questionou.

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Já o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) criticou a fala do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante ato de um ano da tentativa golpista. "Já assisti discursos de Hitler, Mussolini e Stalin muito mais brandos e pacíficos do que esses da 'democracia inabalada'", escreveu.

Já o deputado federal Evair de Melo (PP-ES) fez críticas ao governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Em suas redes sociais, o parlamentar disse que Casagrande "foi a Brasília tirar uma foto, sonhar com protagonismo, falar em liberdade da boca pra fora", escreveu. "Partido de esquerda não combina com liberdade", concluiu.

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