Representantes eleitos de todas as esferas de poder e colorações ideológicas/partidárias do Rio de Janeiro se manifestaram contra os atos criminosos, violentos, antidemocráticos e de vandalismo que aconteceram em Brasília no último domingo (08/01).
O governador Cláudio Castro (PL) reprovou a invasão e disse que ''atitudes como essas mancham a imagem do Brasil e não contribuem em nada para o nosso futuro''.
''Em um ambiente democrático, as cenas que vemos em Brasília são inadmissíveis. Atitudes como essas mancham a imagem do Brasil e não contribuem em nada para o nosso futuro. Manifestações pacíficas fazem parte da democracia, vandalismo não! Reitero meu compromisso com a ordem democrática - hoje e sempre. Seremos enérgicos contra toda e qualquer manifestação que não respeite os patrimônios público e privado, e o direito de ir e vir dos cidadãos do RJ'', disse.
Já o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), classificou os atos como ''terrorismo'' e afirmou que ''deve-se aplicar a lei e a força''.
''Inaceitável o que acontece em Brasília nesse momento. Isso não é manifestação, é terrorismo e atentado à democracia. Para essa gente deve-se aplicar a lei e a força, monopólio do Estado. Qualquer passividade é crime. Rigor da lei já'', comentou Paes.
Presidente da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj), o deputado estadual André Ceciliano (PT) se manifestou em nome da Casa. Segundo ele, ''a Alerj repudia os atos terroristas que aconteceram no último domingo em Brasília e reforça a sua posição na defesa incondicional do Estado Democrático de Direito''. O parlamentar também ressaltou que ''a manifestação pacífica faz parte da democracia, mas não podemos tolerar ataques às instituições do país e ao patrimônio público''.
A também deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), por sua vez, afirmou que é ''impossível mensurar o tamanho da destruição que os 'cidadãos de bem' promoveram nos prédios do Congresso, Planalto e Supremo''. Ainda segundo ela, ''não há nenhuma condição onde o que acontece em Brasília hoje seja aceitável. É absurdo. Imoral. Um escárnio com a democracia e com o patrimônio público''.
João Pires, suplente do PSD na Alerj, frisou que ''é inaceitável que qualquer cidadão faça parte de movimentos como esse, seja ele de esquerda ou de direita. Nosso bem maior é a nossa democracia''. O parlamentar também afirmou que ''é ainda mais grave quando autoridades estão envolvidas em casos como esse'' e que ''a única saída neste momento é aplicar com rigor as punições devidas''.
O Governo do Estado e a Prefeitura do Rio colocaram de prontidão as forças de segurança para monitorar e conter eventuais atos semelhantes na capital fluminense.
Vale ressaltar que o acampamento bolsonarista montado em frente ao Comando Militar do Leste, próximo à Central do Brasil, no Centro do Rio, foi desmontado nesta segunda-feira (09/01).