A prefeitura de Pinhal Grande, no interior do Rio Grande do Sul, decretou situação de emergência após uma semana sem capturar o suspeito de uma chacina no município. Na última terça-feira (29), Ariosto da Rosa, de 41 anos, teria matado quatro pessoas - entre elas uma criança de dez anos - e fugiu sem deixar pistas. Com a pequena cidade de 4,4 mil habitantes em pânico, o prefeito não teve outra alternativa que não pedir ajuda externa.
Conforme o decreto, o suspeito "já demonstrou alto grau de periculosidade, tendo em vista que investiu contra os policiais, quando da tentativa de sua recaptura". No último final de semana, Rosa foi avistado em uma região de matagal e trocou tiros com os policiais, mas acabou escapando. O decreto ainda pede apoio logístico e material para aumentar as buscas que, se não surtirem efeito, podem culminar com a chamada da Força Nacional.
Ariosto matou a tiros a enteada, Bianca Moraes Salles, 16 anos, que já havia denunciado tentativas de abuso por parte do suspeito em duas ocasiões. Na sequência, alvejou Alex Cardoso Leal, 17, filho do dono de um lote de terras nas quais Ariosto cultivava milho e com o qual teria um impasse sobre a colheita. Logo após, Iran Gonçalves dos Santos, 10, foi vítima da fúria do criminoso: ele era filho de vizinhos com os quais havia uma disputa de terras.
Já a quarta vítima, Afonso Gonçalves, 60, era marido de uma prima e não há qualquer suspeita para a motivação da execução. Ele foi o último a ser morto, com cinco tiros à queima-roupa. Ariosto fugiu após esse assassinato e não foi mais alcançado pela polícia.