Cármen Lúcia reafirma posição sobre prisão em 2ª instância

19 mar 2018 - 22h00
(atualizado em 20/3/2018 às 07h53)
Presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia 20/09/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia 20/09/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, reafirmou que não vê motivos para que a Corte volte a julgar "abstratamente" a questão da possibilidade de execução da pena após encerrados os recursos na segunda instância.

A ministra justificou a decisão de não colocar o tema novamente na pauta dizendo que a posição atual do STF é recente, de 2016, e que não houve uma mudança significativa na composição do tribunal.

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"A decisão foi tomada em 2016 e com repercussão geral. .. Não há nenhuma razão para que a matéria volte agora abstratamente para levar à mudança da jurisprudência", disse a ministra em entrevista exibida no Jornal Nacional desta segunda-feira.

"Em todo tribunal constitucional somente há uma mudança quando uma maioria significativa da composição do tribunal que adotou uma determinada linha tenha alterado. Isso não aconteceu."

Ela admitiu que é possível o STF julgar pedidos específicos de habeas corpus contra a prisão após o final dos recursos em segunda instância. Mas ressaltou que um julgamento pelo plenário do Supremo não serviria para mudar a jurisprudência, "mas para considerar as peculiaridades daquele caso e valerá para aquele caso e nenhum outro".

O tema ganhou ainda mais relevância depois da confirmação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do apartamento tríplex, no Guarujá (SP). Pela posição atual do STF, Lula poderá ser preso nas próximas semanas se o TRF-4 rejeitar os recursos apresentados pela defesa do ex-presidente.

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