A professora de redação que fez uma saudação nazista em sala de aula, no interior do Paraná, foi demitida. Um vídeo que mostra Josete Biral fazendo o gesto viralizou nas redes sociais. O caso aconteceu na última sexta-feira, 7, durante uma aula do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Sagrada Família, em Ponta Grossa (PR).
De acordo com o Estadão, a diretora-geral do colégio, irmã Edites Bet, informou que a escola decidiu demitir a profissional. Em nota, o colégio ressaltou 'não compactuar e não concordar com a postura da professora', bem como repudiou 'qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo.'
No vídeo, divulgado pela Revista Fórum, é possível ver a professora trajando uma camisa do Brasil e fazendo o gesto de levar a mão à testa e depois estender o braço direito. Esse era o cumprimento de nazistas para o líder Adolf Hitler. Usuários das redes sociais condenaram a postura da educadora.
O advogado da professora, Alexandre Jorge, afirma que o gesto não se trata de uma saudação nazista. "Ela não compactua com qualquer ato de nazismo, nem qualquer organização, seja nazismo, comunismo, fascismo ou qualquer uma delas”, disse o advogado, que ainda sugeriu que a gravação foi retirada de contexto.
"Ela colocou um hino, bateu aquela continência, e alguns alunos que têm a posição contrária a dela, que são do candidato Lula, começaram querer induzir para esse lado de que ela estava fazendo o símbolo do nazismo", completou.
No Brasil, a saudação é categorizada como incitação ao ódio, crime com pena de até três anos de prisão para quem "aprovar, glorificar ou justificar" o regime nazista.
Veja a nota do colégio:
"Em respeito a nossa comunidade escolar, Pais, Alunos e a todos que interesse tiverem sobre o ocorrido com uma de nossas professoras da 3ª Série do Ensino Médio, afirmamos que não compactuamos e não concordamos com a postura da Professora e também repudiamos qualquer manifestação alusiva ao teor do vídeo.
O Colégio Sagrada Família em Ponta Grossa – PR tem uma história pautada pela lisura em suas ações e respeito à comunidade, por isso repudia ações que venham a ferir os valores da vida, da moral e da ética.
Bem como, em relação à funcionária envolvida nos fatos, por se tratar de questão “interna corporis”, foram tomadas as medidas cabíveis ao caso."