Em seu discurso de posse, o novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, prometeu empenho, trabalho e dedicação à frente da diplomacia brasileira. Ele foi convidado para o cargo logo após a presidente Dilma Rousseff decidir afastar Antonio Patriota pelo caso de transferência do senador boliviano Roger Pinto da embaixada brasileira em La Paz para território nacional.
Antes de assumir o novo cargo, Figueiredo ocupava a chefia da missão brasileira junto à Organização das Nações Unidas (ONU), agora a ser comandada por Patrota. Para ele, “a relevância do Brasil está aqui para ficar”. “Em minha passagem por minha missão junto a ONU pude perceber o respeito e consideração com que considerações brasileiras são recebidas”, afirmou.
De maneira breve, Figueiredo elogiou se antecessor, Antonio Patriota, a quem chamou de “um dos maiores talentos da diplomacia brasileira”. Ele também lembrou de sua atuação na Conferência Climática COP-15 em Copenhague e seu contato com a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Nunca faltou a orientação precisa e oportuna. Esse exemplo de dedicação é o que levo para minha gestão no Itamaraty”, ressaltou.
Carioca, Figueiredo, 58 anos, formou-se em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em 1977. Em 2011, foi secretário-executivo da Comissão Nacional da Rio+20. Seu primeiro evento oficial como ministro de Relações Exteriores ocorrerá na próxima sexta-feira, durante encontro da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no Suriname. Na semana que vem, viajará à Rússia, onde participará da reunião do G-20.
Discurso de Dilma agrada bolivianos
Na fila de cumprimentos para prestigiar a posse de Luiz Alberto Figueiredo como novo ministro das Relações Exteriores, o embaixador da Bolívia no Brasil, Jerjes Justinoano, disse ao Terra que gostou do tom do discurso da presidente Dilma Rousseff.
"Foi uma mensagem muito boa, muito positiva. Ela falou muito bem de integração", avaliou. Ele não considera, no entanto, que os questionamentos de La Paz tenham sido respondidos. "Com a resposta do Itamaraty, vamos ter a resposta oficial do governo brasileiro", concluiu. Ontem, em reunião com autoridades do Itamaraty, Justiniano entregou uma carta com pedidos oficiais de explicações do Brasil.