Um dos integrantes do grupo de Justiça e Segurança Pública da transição, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) afirmou nesta quinta-feira, 17, que a revogação dos decretos que facilitaram o porte e a compra de armas e munição, editados pelo presidente Jair Bolsonaro, será um dos temas centrais do grupo de trabalho.
Dino, um dos principais cotados para assumir o Ministério da Justiça no novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, disse ainda que a revogação pode levar ao recolhimento de armamentos pesados e munição em excesso hoje na mão dos CACs --colecionador, atirador desportivo e caçador.
Uma série de medidas tomadas no governo Bolsonaro permitiram aos CACs comprar armas mais pesadas, maior quantidade de armamento e portar a arma por mais tempo. Antes, o porte era restrito à ida e volta de clubes de tiro.
GRUPO SOBRE DEFESA
O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou nesta quinta-feira que deverá ser um dos integrantes do grupo técnico da Defesa da transição.
Jaques se reuniu com o vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin, para discutir o tema. A Defesa é uma das poucas áreas ainda sem grupos formados.
O senador, que comandou a pasta durante o governo de Dilma Rousseff, disse ainda que tem conversado com outros ex-ministros da Defesa, como Raul Jungmann e Nelson Jobim, e garantiu que haverá presença de militares no grupo de trabalho. Ele, no entanto, afirmou que ainda não há definição sobre nomes.