RJ: operação no Alemão segue após morte de comandante de UPP

Não há previsão de término para as incursões policiais nas comunidades

12 set 2014 - 18h42

Os comandantes das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) Nova Brasília, Adeus, Fazendinha e Alemão, instaladas no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, mantêm 300 agentes no policiamento ostensivo do local. Também receberam o reforço de integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Grupamento de Intervenções Táticas (GIT) das UPPs.

Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), dois homens foram presos, mas não está confirmada a participação deles na troca de tiros que provocou na última quinta-feira a morte do comandante da UPP Nova Brasília, capitão Uanderson Manoel da Silva. Conforme a CPP, não há previsão de término para as incursões policiais nas comunidades.

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A Polícia Civil informou que Diogo Oliveira Coelho, de 23 anos, foi autuado em flagrante na 45ª DP (Complexo do Alemão), pelo crime de colaboração com o tráfico de drogas. De acordo com a polícia, também não há informações sobre a participação dele na morte do comandante.

Para o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, a morte do capitão é lamentável. "Sempre nos sentimos atingidos quando um policial ou morador morre por causa de bala perdida. A violência me machuca muito, me dói muito, principalmente quando alguém deixa sua família em casa e vai trabalhar para levar paz a um território que ficou mais de 40 anos conflagrado”, lamentou.

Luiz Fernando Pezão disse não sonhar com o fim do tráfico de drogas no estado, mas afirmou que continuará com a política de pacificação do governo estadual. “Sou obstinado com a paz para todos os territórios do estado do Rio de Janeiro, sobretudo nessas áreas onde o tráfico, no período eleitoral, quer mandar recados para o governo e testar a política das UPPs. A resposta será sempre a determinação de enfrentá-los”, revelou.

Segundo ele, com apoio do Bope e do Batalhão de Choque, o policiamento será reforçado nos morros da Rocinha, Mangueira e Alemão, onde os criminosos tentam retomar os territórios. “Não voltarão. Eles trocam tiros e fogem. Antes, a polícia entrava, trocava tiros e saía. Estamos mudando e investindo mais no policiamento. Vamos garantir a paz no Alemão”, acrescentou.

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O governador confirmou que o capitão Uanderson Manoel da Silva estava sem colete no momento da troca de tiros. “Ele saiu rapidamente quando soube da emboscada e não colocou o colete", ressaltou. Adiantou que, além de contratar novos agentes, é preciso capacitar os policiais que atuam nessas áreas. Conforme Pezão, o efetivo atual conta com 49 mil policiais. Adiantou  a contratação imediata de mais 600 para a Baixada fluminense e São Gonçalo.

"Até o fim do ano, formaremos mais 2 mil policiais. Abrimos concurso para incorporação de 6 mil agentes, de modo a atingirmos 60 mil policiais, que, na avaliação do secretário de Segurança, é o contigente ideal para capacitarmos os batalhões e as UPPs", concluiu o governador. Ele não revelou quando a meta será atingida.

Agência Brasil
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