RJ: sete ativistas foragidos não irão se entregar à polícia

Ativistas são acusados de envolvimento em atos violentos durante protestos de rua

19 jul 2014 - 19h20

Pelo menos sete dos 18 ativistas acusados de envolvimento em atos violentos, durante manifestações de rua ocorridas no Rio, não irão se entregar à polícia, disse o advogado Marino D'Icarahy, que defende nove ativistas. Todos são considerados foragidos.

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, da Polícia Civil do Rio, fez neste sábado uma operação para cumprir 18 dos 23 dos mandados de prisão decretados pelo juiz da 27ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau contra os ativistas. Nenhum deles foi localizado.

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Cinco ativistas já estavam presos. Elisa Quadros - a Sininho -, Camila Jourdan, Igor D'Icarahy, Fábio Raposo e Caio Silva de Souza permaneciam no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Elisa Quadros tinha conseguido na sexta-feira à tarde um habeas corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, mas não chegou a sair da prisão. Fábio e Caio foram detidos, em fevereiro, com a acusação de ter acionado o rojão que provocou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.

O advogado Marino D'Icarahy, que defende nove ativistas, entre eles o próprio filho Igor D’Icarahy, e a namorada dele, Camila Jourdan, disse que na segunda-feira (21) entrará com um pedido de relaxamento de prisão para os seus clientes Emerson Raphael da Fonseca, Rafael Barros Caruso, Filipe Carvalho Moraes, Felipe Frieb de Carvalho, Pedro Brandão Maia, Bruno de Sousa Machado e Rebeca Martins de Souza.

“Nenhum desses manifestantes preenche os requisitos para serem mantidos encarcerados. Prevalecendo o Estado Democrático de Direito, eles têm o direito de responder ao  processo em liberdade. E só o que se discute agora é isso. Eles têm o direito de responder em liberdade”, analisou em entrevista à Agência Brasil.

O advogado não revelou qual será a linha de defesa, mas adiantou que os seus clientes não vão se entregar à Polícia. “Claro. A luta pela liberdade é intransigente. Ninguém é obrigado a cumprir ordem ilegal. Todo mundo tem direito de lutar por sua liberdade, nem que seja fugindo do excesso de perseguição do Estado. A linha de defesa será um passo adiante, não dá para falar agora, porque não vou apresentar as minhas armas”, disse.

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Marino D’Icarahy espera conseguir despacho do promotor Paulo José Andrade, ao pedido de liberdade provisória para Igor e Camila feito na sexta-feira passada, na 38ª Vara Criminal da capital. “Estamos esperando que na primeira hora de segunda-feira o promotor, que sabe de tudo, dê o seu parecer no pedido de liberdade provisória de Igor e Camila”, contou completando que acredita na medida em razão dos argumentos apresentados pela defesa.

O advogado Lucas Sada, contratado pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio, para defender Joseane de Freitas, disse à Agência Brasil que vai entrar com um pedido de habeas corpus para os seus clientes. Ele defende também André Sanchez Basseres, Gabriel da Silva Marinho, Luiz Rendeiro Júnior, Pedro Mascarenhas e Karlayne da Silva Pinheiro. “Na segunda-feira nós vamos entrar com o pedido de habeas corpus para todos eles”, adiantou.

A prisão preventiva decretada pelo juiz Flávio Itabaiana vale também para Eloisa Santiago, Igor Mendes da Silva, Shirlene da Fonseca, Leonardo Baroni Pereira e Rebeca Martins de Souza.

Eduarda Castro de Souza e Tiago Neves da Rocha, que estavam presos em Gericinó, foram liberados hoje. As prisões temporárias deles foram revogadas, porque não houve denúncia do Ministério Público contra os dois.

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Agência Brasil
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