O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) formalizou nesta terça-feira sua candidatura à presidência do Senado, com a promessa de uma atuação independente, apesar de ser o nome que conta com a simpatia do governo, e com o foco no combate às consequências da crise causada pelo coronavírus.
Apoiado pelo atual presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), Pacheco é hoje o favorito na disputa, e conta com o apoio, inclusive, de partidos da oposição, como o PT e o PDT.
Dentro os tópicos em que listou como compromissos de uma eventual gestão, em carta que oficializou sua candidatura, Pacheco elencou "preservar a independência do Senado Federal, premissa fundamental para a tomada de decisões políticas livres e autônomas que sejam de interesse da nação e dos brasileiros".
"Ter como foco imediato da atuação legislativa do Senado Federal, em virtude da pandemia e de seus graves reflexos, o trinômio: saúde pública - crescimento econômico - desenvolvimento social, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis e gerar emprego, renda e oportunidades aos brasileiros e brasileiras, sem prejuízo de outras matérias de igual relevância, que merecerão, a seu tempo, atenção e prioridade", também constam do rol de compromissos.
Sua principal adversária é a senadora Simone Tebet (MDB-MS), integrante da maior bancada da Casa e também lançada sob a bandeira de uma atuação do Congresso autônoma e independente. A senadora argumenta, ainda, que a tradição do critério da proporcionalidade para a escolha do comando da Casa precisa ser respeitada, sob pena de quebra das regras do jogo.