O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, disse nesta quarta-feira (4) que uma eventual deportação de Cesare Battisti pode abrir espaço para um novo pedido de extradição do ex-ativista.
Segundo ele, a pasta já ativou todos os canais diplomáticos e espera para entender as consequências de uma sentença que ainda não é definitiva. "Se o procedimento for confirmado, desejamos que ele permita dar origem a uma solicitação de extradição, coisa que já fizemos há tempos", afirmou Orlando.
O ministro, que também dará a palavra final no caso Henrique Pizzolato, ressaltou que vai aguardar o pronunciamento definitivo das autoridades brasileiras e lembrou que deportação não significa a expulsão de Battisti para a Itália, já que ele poderia ser recebido por outro país.
Sendo assim, um novo pedido de extradição não seria feito ao Brasil, mas sim à nação que eventualmente abrigar o ex-ativista.
Na última quinta-feira (26), a juíza federal Adverci Rates Mendes de Abreu determinou que o italiano deve ser deportado por estar em situação irregular.
De acordo com sua sentença, a condenação de Battisti por crime doloso em sua nação de origem impede a concessão de visto pelo Brasil. A decisão foi tomada após uma ação apresentada pelo Ministério Público Federal questionando a sua permanência no País. No entanto, o advogado do ex-ativista já anunciou que vai recorrer.