A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), está sendo investigada por suspeita de receber propina para intervir na liberação de um precatório de R$ 120 milhões destinada às construtoras UTC/Constran. Segundo o jornal O Globo, o acordo teria sido feito com apoio do doleiro Alberto Youssef e foi descoberto durante as investigações da Operação Lava Jato pela Polícia Federal.
O caso foi separado do processo na Justiça do Paraná e remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na última sexta-feira, o governo do Maranhão negou que Roseana tenha conhecido Youssef – o doleiro foi preso em março quando estava em São Luís para pagar uma propina. O juiz da 13º Vara Federal do Paraná, Sérgio Moro, disse em sua sentença ter estranhado que Yousseff, especialista em dólar e lavagem de dinheiro, ter sido chamado para “negociar precatórios com o governo estadual”.
Moro cita como prova uma troca de e-mails entre o doleiro e o administrador da UTC, Walmir Pinheiro Santana, com cópia para o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, o parabenizando pelo sucesso da negociação. Em sua defesa, o governo de Roseana afirma que a UTC estava em primeiro lugar na lista de precatórios quando cumpriu o acordo para pagamento de ação indenizatória, proposta há 25 anos e que trouxe “economia” aos cofres públicos.