RS: governador e vice renunciam ao aumento dos seus salários

Sartori anunciou que renuncia ao reajuste para "evitar qualquer especulação"; governador permanecerá com o salário de R$ 17,3 mil

19 jan 2015 - 12h10
(atualizado em 20/1/2015 às 15h25)
Sartori durante a posse na Assembleia Legislativa do RS
Sartori durante a posse na Assembleia Legislativa do RS
Foto: Vinicius Reis / Agência ALRS

O governador do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori anunciou, na manhã desta segunda-feira, que vai devolver o aumento do seu próprio salário sancionado por ele na sexta-feira. O vice-governador José Paulo Cairoli também abriu mão dos reajustes. Com a renúncia, Sartori deve voltar a ganhar R$ 17,3 mil mensais, ao invés dos R$ 25,3 mil aprovados pela Assembleia, e Cairoli deve manter seus vencimentos em R$ 11,5 mil, ao invés dos R$ 18,9 mil aprovados pela assembleia. "Nós estamos revendo os nossos vencimentos, abrindo mão do reajuste e documentando isso", afirmou o governador em entrevista coletiva. "Assim, evitamos qualquer especulação em cima de uma situação que não foi criada por nós", disse Sartori.

Os aumentos foram aprovados pela Assembleia Legislativa do RS em 22 de dezembro e sancionados no último dia 16. Também foram sancionados os aumentos salariais dos deputados estaduais, dos secretários do Estado, desembargadores, conselheiros do Tribunal de Contas e procuradores do Ministério Público.

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No dia 1º de janeiro, ao tomar posse, o governador José Ivo Sartori anunciou que iria "cortar gastos, mas os gastos ruins, desnecessários, os supérfluos", e também afirmou que precisamos "aplicar os recursos públicos com responsabilidade". Logo depois, um decreto assinado pelo governador suspendeu o pagamento de fornecedores por 180 dias, além de restringir novos contratos, contratações e o pagamento de diárias. "É obrigatório, porque é absolutamente necessário. O Rio Grande do Sul queimou todas as suas possibilidades de buscar dinheiro para financiar os seus déficits", afirmou na ocasião o secretário da fazenda, Giovani Feltes. Concursos públicos e nomeações também foram suspensos.

As medidas foram criticadas por sindicatos, que previram impacto imediato na contratação de professores, de policiais militares e nos repasses à saúde para os municípios.

No dia 22 de dezembro, a Assembleia extinguiu as secretarias de Política para as Mulheres, o Conselho de Desenvolvimento Político e Social, a secretaria de Economia Solidária, o Gabinete dos Prefeitos e a Assessoria Superior do Governador, também usando o argumento do corte de gastos. A extinção da Secretaria de Política para as Mulheres provocou protestos no dia da posse. No mesmo dia, os deputados aprovaram o reajuste dos seus próprios salários e do governador. 

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Aumentos que foram sancionados

Governador: de R$ 17,3 mil para R$ 25,3 mil

Vice-Governador: de R$ 11,5 mil para R$ 18,9 mil

Deputados estaduais: de R$ 20,2 mil para R$ 25,3 mil

Secretários de Estado: de R$ 11,5 mil para R$ 18,9 mil

Como ficará agora

Governador receberá R$ 17,3 mil

Vice receberá R$ 11,5 mil

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Deputados: R$ 25,3 mil

Secretários: R$ 18,9 mil

Fonte: Terra
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