Rússia reduz acusações a brasileira e mais 29 ativistas do Greenpeace

Justiça russa desistiu de acusar ativistas de pirataria e decidiu processá-los por vandalismo

23 out 2013 - 14h59
(atualizado às 16h21)
<p>A ativista brasileira Ana Paula Maciel segura um cartaz com um pedido para voltar para casa</p>
A ativista brasileira Ana Paula Maciel segura um cartaz com um pedido para voltar para casa
Foto: Divulgação

A justiça da Rússia rebaixou nesta quarta-feira de pirataria para vandalismo a acusação contra os 30 tripulantes do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace, detidos em setembro por protestar contra a exploração de petróleo no Ártico. Entre os ativistas presos, está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel.

"A atuação dos acusados no caso penal foi requalificada com base no artigo sobre vandalismo", disse Vladimir Markin, porta-voz do Comitê de Instrução da Rússia, a agências de notícias locais.

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Os 30 tripulantes da embarcação do Greenpeace, cuja libertação foi exigida insistentemente por seus países de origem, estão presos há um mês no porto de Murmansk.

Em nota, o Greenpeace classificou a acusação de "igualmente absurda" e afirmou que "os 28 ativistas e dois jornalistas não são piratas, tampouco vândalos". "Isso é nada mais que um atentado ao direito de protesto pacífico", classificou a ONG.

O Greenpeace afirmou também que o Comitê de Investigação russo indicou que ainda poderá indiciar alguns ativistas pelo uso de força contra autoridades, o que pode lhes render até 10 anos de prisão. 

A ONG rebateu a acusação de uso de força, e classificou a ação como uma "tentativa barata acusar de vandalismo ativistas que não fizeram nada além de protestar pacificamente". 

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"Vamos contestar veementemente as acusações de vandalismo, assim como fizemos com as acusações de pirataria. Ambas são acusações fantasiosas, sem qualquer relação com a realidade", afirma a nota divulgada pela ONG. 

  
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