O Senado aprovou nesta quarta-feira projeto que autoriza a quebra de patentes temporária de vacinas e insumos em situações de emergência sanitária ou calamidade pública, caso da pandemia de covid-19. O texto, analisado pela segunda vez pelos senadores após sofrer mudanças na Câmara dos Deputados, segue à sanção presidencial.
Pelo projeto, o Executivo terá a prerrogativa de determinar a chamada licença compulsória, mas abre a possibilidade ao Congresso Nacional de atuar se identificar omissão do governo, autorizando o Parlamento a editar projeto de lei neste caso.
O governo do presidente Jair Bolsonaro já posicionou-se contra a aprovação da matéria, alegando que poderia prejudicar o relacionamento do Brasil com produtores de vacinas e ainda que o país não teria tecnologia para produzir alguns imunizantes mesmo se obtiver a quebra das patentes.
O Senado resolveu restaurar trechos que haviam sido retirados por deputados e agora voltaram ao texto aprovado. Alguns deles tratam justamente da determinação, aos titulares das patentes ou dos pedidos de patentes, para que compartilhem informações e material biológico necessários à reprodução da vacina ou insumo objeto da licença compulsória, com previsão, inclusive de punição em caso de negativa.