Senado aprova regime jurídico emergencial para crise do coronavírus

3 abr 2020 - 14h07

O Senado aprovou nesta sexta-feira projeto que estabelece um regime jurídico emergencial e transitório para tratar de problemas relacionados ao Direito Privado durante o período de calamidade pública por conta pandemia do coronavírus.

21/08/2019
REUTERS/Adriano Machado
21/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Senadores aprovaram ainda uma emenda do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), por 49 votos a 27, segundo a qual aplicativos de transporte privado deverão reduzir em ao menos 15% o valor retido a cada viagem, garantindo o repasse dessa quantia ao motorista. Veda, ainda, o aumento do preço da viagem. A matéria segue para a Câmara dos Deputados.

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A proposta, relatada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), permite reuniões de condomínio virtuais, autoriza a suspensão ou adiamento de prazos legais, e reconhece o ambiente excepcional causado à economia para o ambiente concorrencial, entre outros pontos.

"O projeto orienta-se para impedir que haja uma ampla judicialização por uso indevido da pandemia como uma cláusula geral de liberação dos deveres das partes", disse a senadora durante a votação nesta sexta, lembrando que tratam-se de situações transitórias.

"A proposição poderia ter adotado o caminho da moratória geral dos contratos --assim acatando inúmeras emendas dos nobres colegas--, dilatando prazos e restringindo direitos dos credores. Esse caminho não foi adotado", afirmou Tebet, para quem o momento é de "exceção e de imprevisibilidade, de instabilidade econômica e social".

Um dos dispositivos impede, até 30 de outubro de 2020, ações de despejo de imóveis. Outro trecho prorroga prazos legais para realização das assembleias, divulgação ou arquivo até 30 de outubro.

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"E a CVM, no exercício de sua competência, regulamentará a questão de prazo no caso das companhias abertas", acrescentou Tebet.

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