Moro rebate Cunha e diz que não pode silenciar testemunhas

"Não cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo", disse Moro em nota

17 jul 2015 - 17h18
Sérgio Moro (direita) rebateu hoje, por meio de nota, as acusações de Eduardo Cunha (esquerda)
Sérgio Moro (direita) rebateu hoje, por meio de nota, as acusações de Eduardo Cunha (esquerda)
Foto: Arte Terra

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Operação Lava Jato na primeira instância, rebateu hoje, por meio de nota, as acusações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Cunha disse que o depoimento do empresário Júlio Camargo, ontem (16) à Justiça Federal, foi ilegal. O empresário disse que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda entre a Petrobras e a empresa Toyo Setal.

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“A 13ª Vara de Curitiba conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo", disse Moro em nota.

Delator relata pedido de propina de Eduardo Cunha
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Mais cedo, o presidente da Câmara disse que a delação de Júlio Camargo seria nula por ter sido feita à Justiça de primeira instância, porque, como parlamentar, tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo.

"O juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de um juiz que acha que é dono do país", reclamou o peemedebista. 

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Agência Brasil
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