‘Serviço médico estava fechado sem qualquer justificativa’, diz defesa de homem que morreu no Cristo

Jorge Alex Duarte, de 54 anos, sofreu um enfarte enquanto subia a escadaria rumo ao monumento; ele não foi socorrido a tempo

18 mar 2025 - 14h01
(atualizado às 21h24)
Resumo
O serviço médico do Cristo Redentor estava fechado quando Alex Duarte sofreu um enfarte e faleceu durante a visita. A família busca reparação por falta de primeiros socorros e estrutura de transporte adequado, alegando despreparo da equipe no local.
Foto: Diário do Rio

O serviço médico do Cristo Redentor, principal atração turística do Rio de Janeiro, estava fechado sem qualquer justificativa. Foi o que afirmou o advogado Joel Lazzarin, que integra a equipe de defesa jurídica da família de Jorge Alex Duarte, de 54 anos, que morava em Canoas, no Rio Grande do Sul.

O homem, que visitava o Rio pela primeira vez, morreu, na manhã de domingo, 16, após sofrer um enfarte enquanto subia a escadaria rumo ao monumento. Antes do mal-estar, ele foi ajudado pela nora, Melissa Schiwe, enfermeira em atenção cardiovascular, que tentou reanimá-lo com massagem cardíaca, sem sucesso. Além da nora, ele estava acompanhado do filho, Alex Magalhães Duarte, de 28 anos.

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"Existe um serviço médico colocado à disposição dos usuários, mas que estava fechado sem qualquer justificativa, em horário de visitação", disse Lazzarin, em vídeo enviado ao Terra. "A vítima também não recebeu os primeiros socorros, o que seria determinante para que a sua vida fosse preservada naquele momento."

O advogado Matheus B. Alves, que também integra a defesa da família de Duarte, acrescenta que "sequer havia estrutura para fazer o transporte para o hospital", nem por helicóptero, nem por qualquer outro meio. Ele ressalta que as imagens, às quais o Terra teve acesso, mostram que o tempo decorreu sem o devido atendimento, inclusive "com o evidente despreparo" dos funcionários.

O tempo de espera até que os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegassem ao local foi de cerca de 30 minutos. Duarte começou a passar mal às 7h39, quando parou entre dois lances de escada. Ele só recebeu atendimento às 8h13, já sem vida.

"A família irá buscar a devida reparação no âmbito do dano moral e do dano material", afirmou Lazzarin. "Nesse momento, ainda estamos avaliando a situação, de modo a apurar a quem cabe a efetiva responsabilidade, uma vez que há mais de uma entidade envolvida: o ICMBio [que administra o Parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo Redentor], a concessionária Trem do Corcovado e o Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor."

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Nas redes sociais, Melissa comentou o ataque cardíaco, o socorro oferecido à Duarte e a morte dele. Segundo ela, a equipe do Cristo Redentor se mostrou "extremamente despreparada", uma vez que não havia atendimento de urgência e os técnicos que chegaram não sabiam como prestar atendimento adequado.

A equipe jurídica que tem assessorado os familiares de Duarte informou que eles não concederão entrevistas nesta terça-feira (18) "pois estão muito abalados e em função do sepultamento". O Terra procurou o ICMBio, a concessionária Trem do Corcovado e o Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor e aguarda retorno.

Fonte: Redação Terra
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