A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou abertura de inquérito contra o senador José Serra (PSDB-SP) sob a suspeita, feita a partir da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, de que ele recebeu doação de caixa 2 quando concorreu em 2010 à Presidência da República.
Em colaboração, Joesley Batista disse ter repassado R$ 7 milhões em recursos não contabilizados para pagar despesas da campanha do tucano ao Palácio do Planalto. De forma oficial, Serra recebeu outros R$ 13 milhões do grupo empresarial. Naquela disputa, o candidato do PSDB foi derrotado pela petista Dilma Rousseff no segundo turno.
"Diante de tais constatações, faz-se mister o aprofundamento das apurações, de modo a se possibilitar a confirmação ou năo do possível envolvimento e/ou ciência do congressista no ilicito relatado", disse o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no pedido de instauração de inquérito.
A decisão de Rosa Weber, tornada pública nesta segunda-feira, deu 60 dias para que a Polícia Federal realize as investigações requeridas por Janot.
Em nota, a assessoria de imprensa de Serra disse que o senador "reitera que todas as suas campanhas eleitorais foram conduzidas dentro da lei, com as finanças sob responsabilidade do partido, e sem nunca oferecer nenhuma contrapartida por doações eleitorais".