Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado tentou esconder cheiro de corpo

Em depoimento, a comparsa da suspeita disse que até um urubu chegou a pousar na janela do apartamento

30 mai 2024 - 15h22
(atualizado às 17h03)
Suspeita de matar o namorado com um brigadeirão envenenado, Júlia Andrade Cathermol Pimenta detalhou o que fez para esconder o cheiro do corpo em decomposição dentro do apartamento
Suspeita de matar o namorado com um brigadeirão envenenado, Júlia Andrade Cathermol Pimenta detalhou o que fez para esconder o cheiro do corpo em decomposição dentro do apartamento
Foto: Reprodução

Suspeita de matar o namorado com um brigadeirão envenenado, Júlia Andrade Cathermol Pimenta detalhou para a comparsa, a cigana Suyany Breschak, o que fez para esconder o cheiro do corpo em decomposição dentro do apartamento. O empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto, com o corpo em avançado estado de decomposição, dentro de seu apartamento no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, no dia 20 de maio.

Júlia está foragida e é investigada pela autoria do crime. A cigana Suyany Breschak foi presa, apontada como comparsa de Júlia, por ter ajudado a orquestrar o assassinato e por tê-la ajudado a se apropriar de bens da vítima. Em depoimento à polícia, Suyany contou que Júlia contratava seus serviços como cigana para que a família e namorados não descobrissem que ela era garota de programa.

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De acordo com a investigação, Júlia conviveu com o corpo de Luiz por um fim de semana, dentro do apartamento, e tomou medidas para lidar com o forte odor. O corpo estava sentado em cima do sofá, e no apartamento o ventilador de teto e um de chão estavam ligados, quando a polícia chegou.

Júlia teria reclamado do cheiro para Suyany, e disse que usou lençóis e cobertores para enrolar o corpo. Um dia depois do crime, a namorada de Luiz chegou a limpar o apartamento com água sanitária, depois que um urubu pousou na janela.

Os vizinhos se incomodaram com o cheiro forte que saía do apartamento e acionaram as autoridades alguns dias depois do crime.

Investigação

Júlia teria contraído uma dívida de R$ 600 mil com Suyany devido às consultas que realizava, e usou o carro de Luiz Marcelo como parte do pagamento.

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Luiz Marcelo foi visto pela última vez em imagens da câmera do elevador com Júlia
Foto: Reprodução

A namorada teria colocado 50 comprimidos de um remédio analgésico dentro de um brigadeirão, e servido para a vítima comer. O laudo do IML apontou que existia líquido achocolatado no organismo de Luiz. A causa da morte não foi apontada pelo exame de necrópsia.

Um dia depois da suposta data do crime, Júlia apareceu em imagens de câmeras de segurança do prédio sozinha. Ela foi até a garagem e colocou itens no porta-malas do carro de Luiz Marcelo. Em seguida, saiu com o carro do namorado.

Polícia divulga cartaz com rosto de Julia para encontrar paradeiro de suspeita
Foto: Divulgação

No domingo, dia 19, ela foi até a academia do prédio para se exercitar. Na segunda-feira, dia 20, ela apareceu com dois celulares, e depois, foi para a portaria com uma mala e duas bolsas, indo embora do local só depois de um cartão da conta conjunta que abriu com Luiz chegar.

Suyany foi presa nesta terça-feira, 28, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, e transferida nesta quarta, 29, para o Rio. Júlia continua foragida.

Fonte: Redação Terra
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