O general Eduardo Pazuello será o novo secretário-executivo do Ministério da Saúde, anunciou o ministro Nelson Teich nesta quarta-feira, confirmando que o militar, que já vinha trabalhando informalmente na pasta, será o responsável pelo trabalho de logística durante o combate à pandemia de coronavírus.
Pazuello, por enquanto, é o único nome acertado para a equipe do ministério, em meio ao troca-troca ocasionado pela demissão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
O general era o coordenador do programa Acolhida, de recepção aos imigrantes venezuelanos em Roraima, e foi indicado para o cargo pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, com quem já despachou no feriado sobre os dados mais recentes da epidemia, de acordo com uma fonte com conhecimento da questão.
A intenção é que Pazuello, especialista em logística, passe a cuidar da distribuição de equipamentos, testes e respiradores para os Estados e municípios, em um momento em que o ministério está conseguindo adquirir material, mas a logística de chegada e redistribuição ainda é complexa, com boa parte da malha aeroviária do país parada.
"Nesses poucos dias que estou aqui a impressão que tenho é que a gente tem que ser muito mais eficiente do que é hoje. A gente está falando de logística, de compras, de distribuição, e ele é uma pessoa muito experiente nisso, vem trazer uma contribuição no momento que a gente corre contra o tempo", afirmou o ministro em entrevista coletiva, ao confirmar a nomeação de Pazuello.
Teich assumiu como ministro na última sexta-feira, e boa parte da equipe do ex-ministro Mandetta --ao menos cinco de seus principais secretários-- declarou que não ficará nos cargos.
Principal nome no combate à epidemia, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, avisou que deixará o posto em 4 de maio. João Gabbardo, atual secretário-executivo, está preparando a transição e continua efetivamente no cargo até a nomeação de Pazuello.
Nesta quarta, Gabbardo representou o ministério na reunião de ministros do ProSul, grupo de países da América do Sul menos a Venezuela, enquanto Teich participou de sua primeira entrevista coletiva à frente do ministério.
Denizar Vianna, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, deve passar a ocupar uma assessoria especial de Teich, segundo uma das fontes, e indicar um de seus subordinados para o seu cargo atual. Vianna foi sócio de Teich em uma empresa e teve o atual ministro como seu assessor especial até janeiro deste ano.