Temer revê decisão e vai participar da Cúpula do G20

3 jul 2017 - 16h36
(atualizado às 17h12)

O presidente Michel Temer decidiu ir à Cúpula do G20, encontro das maiores economias do mundo, em Hamburgo, na Alemanha, no final desta semana, depois de ter anunciado na última quarta-feira que não viajaria.

Temer durante evento no Planalto
 29/6/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Temer durante evento no Planalto 29/6/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

A mudança de disposição do presidente se deveu à tentativa de mostrar que o governo não está paralisado em função da denúncia contra Temer apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot --o presidente foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva.

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Parte dos auxiliares palacianos já defendia que Temer não deveria faltar à cúpula para não passar a ideia de que o país estava sem liderança, mas havia sido derrotada. No entanto, as críticas à decisão de Temer não comparecer, somadas ao fato de que a reforma trabalhista ter ficado para a próxima semana, levaram o presidente a mudar de ideia.

Temer deve viajar no dia 6 e participar dos dois dias da Cúpula de Chefes de Estado, nos dias 7 e 8. Um almoço com a chanceler alemã, Angela Merkel, marcado para o dia 6, já havia sido cancelado.

No final da semana passada, o Palácio do Planalto havia anunciado que Temer faltaria ao encontro --o primeiro presidente a fazê-lo desde 2010, quando Luiz Inácio Lula da Silva deixou de ir a um dos dois encontros do grupo que aconteceram naquela ano.

A justificativa era as votações no Congresso esta semana, quando o governo pretendia ver aprovada no plenário do Senado a reforma trabalhista. Há duas semanas, quando o presidente viajou à Rússia e à Noruega, o governo foi derrotado na votação da reforma na Comissão de Assuntos Sociais.

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Mas, mais do que a reforma, fontes do Planalto dizem que pesava na decisão de faltar a necessidade do governo se organizar para derrotar na Câmara a denúncia contra o presidente apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Apesar da suposta base ampla do governo no Congresso, ainda não há uma margem segura de votos favoráveis ao governo na Comissão de Constituição e Justiça, primeira etapa do processo na Câmara.

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