A tia de Marco Archer Cardoso Moreira disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que foi obrigada a pagar propina para poder ver o brasileiro antes de sua execução, em 18 de janeiro.
De acordo com a publicação, dois funcionários do governo brasileiro testemunharam o episódio.
Maria de Lourdes Archer Pinto contou que foi extorquida na véspera da execução de Marco, antes de entrar no ônibus que a levaria até o complexo prisional de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km de Jacarta. Segundo a brasileira, o motorista só deu partida no veículo após ela propor o pagamento da propina. Como ela estava sem bolsa, já que é proibido entrar na cadeia com o acessório, os homens passaram no hotel em que estava hospedada para pegar as 500 mil rúpias indonésias (R$ 109) solicitadas. Maria contou, contudo, que pagou apenas 300 mil (R$ 66).
Ela relatou que se comportou de modo que Marco pensasse que ela voltaria no domingo para outra visita e que o Papa poderia reverter a sua situação.
Durante o encontro, disse Maria ao periódico, o brasileiro revelou ter se arrependido de tentar entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína, em 2003. O brasileiro contou ainda que, embora fosse morto, "os chefões da droga continuariam vivos na prisão".
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