Os peritos que examinaram previamente o ônibus que despencou nesta quarta-feira de um viaduto em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, não conseguiram retirar o tacógrafo, aparelho que registra a velocidade do veículo, devido ao estrago do coletivo na parte frontal. Segundo policiais que atenderam a ocorrência, a frente do ônibus ficou completamente amassada. O veículo permanece no local do acidente, e deverá ser retirado na madrugada desta quinta-feira.
O coletivo da viação Cidade de Itaguaí caiu de um viaduto da avenida Isoldackson Cruz Brito, no bairro Brisamar, por volta das 18h desta quarta-feira, quando fazia o trajeto entre os bairros Parque Primavera e Coroa Grande. Seis pessoas morreram, entre elas o motorista. Ainda não há um número definido de feridos no acidente. A polícia trabalha com pelo menos 20 registros. Somente no hospital São Francisco Xavier, na região central de Itaguaí, 21 pessoas deram entrada, das quais seis em estado considerado grave.
Testemunhas relataram que o motorista seguia em alta velocidade, mas reclamaram também das condições da pista, na altura do viaduto, que apresentaria péssimo estado de conservação.
O delegado da 50ª DP (Itaguaí), Alexandre Gusman, solicitou que uma perícia de engenharia, que é mais detalhada, seja feita no veículo na manhã desta quinta-feira. Investigadores já estão nos hospitais colhendo depoimentos da vítimas que estão tendo alta. Ele afirmou que ainda é cedo para mencionar possíveis causas do acidente, mas comentou que o parachoque do veículo tinha uma marca destacada, que estava bem amassada. Isso poderia corroborar relatos de que o veículo se chocou com uma espécie de lombada na subida do viaduto, e teria perdido o controle, despencando em seguida.
Há relatos também de que um carro teria freado bruscamente à frente do ônibus, fazendo com que o motorista tentasse desviar, e acabasse perdendo o controle do veículo. A polícia não confirmou essa informação, relatada por um funcionário da empresa do ônibus.