RJ: nº de PMs feridos sobe para 20 após conflito com manifestantes

Grupo que era minoria no protesto deixou rastro de destruição pelas ruas do centro do Rio de Janeiro

18 jun 2013 - 09h11
(atualizado às 09h11)
<p>Policial militar joga gás de pimenta no rosto de uma mulher durante o protesto no Rio de Janeiro</p>
Policial militar joga gás de pimenta no rosto de uma mulher durante o protesto no Rio de Janeiro
Foto: AP

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro afirmou que subiu de cinco para 20 o número oficial de policiais militares feridos depois que manifestantes jogaram coquetéis molotov na porta do Paço Imperial e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Eles também tentaram entrar no prédio da Alerj.

Segundo a secretaria, um dos policiais teve o braço quebrado após ser espancado por um grupo de manifestantes. Outro foi ferido na cabeça. Os 20 feridos foram socorridos no local, e alguns tiveram que ser removidos para hospitais da cidade. Ainda de acordo com a secretaria, policiais militares estão dentro da Alerj para garantir a integridade do prédio. No entorno, agências bancárias e lojas tiveram os vidros quebrados.

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O Estado-Maior da Polícia Militar continua reunido fazendo o monitoramento da situação no centro do Rio. O comando faz também um planejamento de ações que possam garantir a volta para casa de pessoas que estavam no trabalho ou na região onde houve o conflito. Ainda há manifestantes em volta da assembleia. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, também acompanha a situação. Não há previsão de um pronunciamento do secretário e nem do governador do Estado, Sérgio Cabral.

Grupo de vândalos deixa rastro de destruição

Um rastro de destruição foi deixado pelos manifestantes que seguiram para o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) e ruas próximas à Rua Primeiro de Março. Na rua da Assembleia, pelo menos cinco agências bancárias foram totalmente destruídas.

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Os atos de vandalismo não ficaram apenas na destruição dos vidros das fachadas dos prédios. Um grupo pichou as paredes com palavras de ordem, arrancou mesas e cadeiras, destruiu os caixas eletrônicos e ainda colocou parte do mobiliário no meio da rua.

Várias lojas comerciais foram arrombadas, um carro estacionado na rua da Assembleia foi completamente destruído, pichado e teve as portas amassadas. Vários bares e restaurantes foram obrigados a fechar as portas rapidamente, com medo de depredações.

Algumas barricadas de material plástico colocadas pela PM em frente às escadarias da Assembleia Legislativa foram arrastadas pela multidão até a esquina da rua da Assembleia, que fica cerca de 100 metros de distância, e muitas delas foram incendiadas. Muitas lixeiras foram arrancadas e sacos plásticos com lixo deixados pelos comerciantes para recolhimento pela limpeza urbana foram colocados na rua, onde os manifestantes atearam fogo. Um rolo de fumaça negra podia ser visto de longe.

A situação continuava tensa na manhã desta terça-feira, com os manifestantes permanecendo ainda em frente ao Palácio Tiradentes. O Batalhão de Choque da Polícia Militar permanece no quartel da rua Salvador de Sá, no centro, sem ser acionado. A tropa é especializada em acabar com distúrbios.

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Agência Brasil
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