Tropas do Exército que planejam ocupar neste sábado o Complexo da Maré fazem nesta sexta reconhecimento do terreno para que 2,7 mil homens participem das ações, com o apoio de 2.050 integrantes da Brigada de Infantaria Paraquesdista do Exército. Haverá também a participação de 450 homens da Marinha, 200 da Polícia Militar. Equipe avançada da 21ª. Delegacia Policial (Bonsucesso) fará a autuação de prisões efetuadas durante as ações.
A Força de Pacificação atuará numa área aproximada de 10 quilômetros quadrados e será comandada pelo general Roberto Escoto, comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista. Os militares ocuparão pontos estratégicos nas comunidades para a preservação da ordem pública e proteção de pessoas e do patrimônio, empregando a experiência adquirida pelas Forças Armadas na operação de paz do Haiti e na pacificação dos Complexos do Alemão e da Penha. A base da Força de Pacificação será o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio (CPOR), instalado na Avenida Brasil, em Bonsucesso.
Os traficantes do Complexo da Maré, subúrbio do Rio, deixaram muitas armas e drogas enterradas: não houve tempo, durante a ocupação da área, no último domingo, pelas forças de segurança do Estado da região, de esse material ser levado pelos traficantes. Ontem, policiais militares do Batalhão de Choque apreenderam, no Complexo da Maré, um fuzil AK, 15 carregadores, 800 munições, 5 granadas defensivas e R$ 31.400 em espécie.
Em outra ação, também na tarde de ontem, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) apreenderam uma tonelada de maconha na favela conhecida como Baixa do Sapateiro. A droga estava enterrada embaixo da Linha Vermelha, via que liga a Baixada Fluminense ao centro do Rio.