O túmulo do médium Chico Xavier, morto em 2002 aos 92 anos, teria sido alvo de vandalismo na madrugada de quarta para quinta-feira, de acordo com denúncia do filho do religioso, Eurípedes Humberto Higino dos Reis. A sepultura fica no cemitério São João Batista, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde o médium morou nas últimas décadas de vida.
Segundo Mônica Madalena dos Santos, secretária da livraria e casa de memórias e lembranças que funciona na residência onde Chico Xavier morava, os supostos vândalos teriam atacado o túmulo com pedaços de pedras retiradas de uma sepultura vizinha: “O vidro que protege a sepultura trincou e ficou com marcas,” explicou.
Siga Terra Notícias no Twitter
O filho de Chico Xavier, Eurípedes Humberto Higino dos Reis, lamentou o ocorrido e disse que vai reforçar a segurança do local instalando grades: “Temos de pensar não para o futuro e sim para agora, que nossa Cidade, nosso País, aonde os cidadãos estão presos em suas residências, andando atormentados de inseguranças nas ruas, nossas casas assaltadas aos montes no dia a dia, nos veículos e comércios, muitas vezes pensando em fechar. Temos de ficar assustados que nem nossos entes queridos nos Cemitérios tem sossego (sic”), disse, em e-mail enviado à reportagem.
“Vendo as fotos aqui, no Túmulo de Chico Xavier retrato de agressões constantes, é hora, quem sabe de pensarmos em colocarmos nossos mortos em nossas propriedades, aonde guardaremos com amor e carinho, aqueles que tanto fizeram por nós. Confiemos em Jesus sempre,” completou.
O diretor de departamento de cemitérios da prefeitura de Uberaba, Jamir Messias de Freitas, negou que tenha havido grandes estragos no túmulo do médium: “Jogaram uma pedrinha, fizeram um buraquinho de 5mm de espessura. Agora, vandalismo existe em qualquer lugar. E não com o do Chico (Xavier) apenas que temos que preocupar, temos que preocupar com todos, do Antônio, do José, de todos,” explicou.
Freitas afirmou que o cemitério São João Batista de Uberaba tem 4500 m2 de área com 30 mil túmulos. Ele informou que os três vigilantes que trabalham à noite ficam apenas na sala de velórios: “Como o cemitério é grande demais, não tem condição mínima deles fazerem a vigilância de tudo. E eles estão à pé, não vai resolver,” afirmou.
O diretor afirmou ainda que os pedaços de pedras que teriam sido arrancados de outra sepultura vizinha para serem supostamente atirados no vidro da sepultura “são de um tumulo já danificado, existe uma infinidade deles aqui. São túmulos quebrados por vandalismo, ou porque venta muito,” disse.
Freitas disse ainda que não vê necessidade da família de Chico Xavier colocar grades para aumentar a segurança do local: “Se eles fizerem terão que arcar com os custos porque o cemitério é público, mas se tiver de acontecer (vandalismo), vai acontecer, infelizmente,” lamentou.