O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, defendeu nesta segunda-feira o acordo fechado pelo governo brasileiro com o consórcio formado pela biofarmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford para compra de uma possível vacina contra a Covid-19, afirmando ser a candidata com melhor chance de sucesso contra o novo coronavírus.
O ministério anunciou no sábado um acordo de 127 milhões de dólares para começar a produzir localmente a vacina em desenvolvimento, que já está sendo testada em humanos, inclusive no Brasil.
O secretário disse que o Brasil está ciente dos riscos, caso a vacina não cumpra todos os requisitos de licenciamento necessários, mas defendeu a escolha afirmando que há evidências no mundo de que essa é a candidata que está em estágio mais avançado e tem melhor chance de sucesso contra a Covid-19.
Se a vacina for eficaz, o acordo prevê que 100 milhões de doses estarão à disposição da população brasileira. Foi acertada também a transferência de tecnologia de formulação para a Fundação Osvaldo Cruz, que ficará encarregada da produção local.
O Brasil é o segundo país mais afetado pela pandemia de coronavírus, com mais de 1,3 milhão de casos confirmados e mais de 58 mil mortes até esta segunda-feira. Apenas os Estados Unidos têm mais casos e mais óbitos em consequência da Covid-19.